sábado, agosto 05, 2006

DRAVE - “Uma caminhada para servir”

Entusiasmados mas cientes das dificuldades que os esperava. Foi assim que os Caminheiros encararam o fim-de-semana de 28, 29 e 30 de Julho. Pela frente tinham DRAVE em plena Serra d’Arouca.

Depois de uma semana intensa de preparativos logísticos eis que chegava a hora da partida. Eram 22.30h do dia 28 (Sexta-feira) e os Caminheiros concentravam-se para enfrentar a primeira etapa do programa delineado. Carros à estrada, era preciso andar quase duas centenas de quilómetros até alcançar o destino. Esse deparou-se-lhes já eram 2.30h da madrugada mas ainda era preciso descer até DRAVE e essa ainda ficava longe, ainda por cima só atingível a pé o que não era muito encorajador, mas tinha que ser. Mochila às costas, mangas arregaçadas e pés ao caminho. Era já noite dentro quando, já em DRAVE, os nove jovens Caminheiros montaram as tendas e tiveram finalmente oportunidade do tão merecido descanso. Era preciso retemperar forças para enfrentar os próximos dois dias que se esperavam intensos.

Dia 29 (Sábado), o sol já era radiante logo pela manhã, era prenúncio de um dia quente. Era vê-los sair das tendas, aqueles “olhinhos” não enganavam, foi uma noite muito dura. Era hora de acordar e de um pequeno-almoço retemperador. Estava na hora de começar a cumprir o programa delineado e este começava nas lagoas de águas cristalinas onde os raios de sol reflectiam de uma forma cada vez mais intensa, tanto quanto a sã camaradagem reflectida nas brincadeiras destes jovens. Mais uns mergulhos, mais uns banhos de sol e eis que chega a hora do almoço.

Chega a tarde e é hora de continuar a cumprir o programa, desta feita armazenar madeira em suficiência para os grupos de trabalho que se deslocarão para a aldeia no mês de Agosto. Sob um sol tórrido estes rapazes e raparigas desempenharam uma tarefa árdua carregando toros e paus durante toda a tarde de Sábado. Era duro, mas a entreajuda e a camaradagem levava vantagem sobre o cansaço. No final do serviço era vê-los cansados, arranhados, com hematomas vários mas animados e a espreitar pelo canto d’0lho para as lagoas onde lhes esperava o mais que merecido banho.

O jantar chegava na hora certa, pois como se compreende o apetite era muito. Jantar fantástico, pudera, depois de uma tarde destas! Era já noite e chegava a hora do habitual convívio seguido de um momento de reflexão. Reflexão essa que se centrou na avaliação da Carta do Clã, a qual pormenoriza os objectivos a que os Caminheiros se propuseram cumprir durante o ano. Depois era hora de ir contar carneirinhos.

Dia 30 (Domingo), mais um dia fantástico de Sol, esperava-lhes uma caminhada dura até ao local onde estavam os carros. Leitinho tomado, tudo arrumado, mochila às costas e mais uma vez pés ao caminho, só que desta vez era subir a montanha. Era já hora do almoço quando chegaram ao cimo, junto ao local onde tinham deixado os carros na Sexta-feira. Pequena pausa para almoçar e agora era altura de partir à procura da aldeia de Regoufe onde se encontram as agora desactivadas minas da “Poça da Cadela” onde em tempos se extraía Volfrâmio.

Pelo caminho ainda tiveram tempo de entabular conversa com uma idosa (acompanhada das suas ovelhas), esta explicou-lhes como se vive na aldeia, o que esta foi, o que é agora, como vivem, de que vivem, etc., etc., etc., experiência fantástica, como fantástico seria o que vinha a seguir; uma visita às minas. Junto a eles seguia um guia ocasional, um antigo mineiro. Obviamente idoso, a rondar os oitenta, explicava-lhes como tudo funcionava, ora com rancor, pois lembrava-se da dureza do trabalho e doenças que a mina acarretava, ora com saudade, provavelmente porque naquela altura ainda era um jovem com muita vida pela frente. Visita feita, mais uma experiência fantástica conferenciavam eles entre si.

Era hora de continuar a seguir o programa e este agora só tinha mais uma etapa, a última. Chegar a casa, esse lar doce lar que os aguardava e que eles agora tanto ansiavam. Chegaram era já fim de tarde, cansados, sujos, com vontade de um banho e uma refeição quente. Apesar disso a boa disposição reinava pois o sentimento era de dever cumprido.

Agora é altura de uma pausa para as tão merecidas férias, mas com a certeza que em Setembro o serviço e a aventura continuam.

Estes jovens, mais que ninguém sabem disso e já estão ansiosos de serem novamente postos à prova.
FORÇA CAMINHEIROS!

Alexandra Lima (Clã 77)

3 comentários:

Anónimo disse...

Força caminheiros. Eu tenho orgulho em vós!

Anónimo disse...

Isto sim são verdadeiros caminheiros, é da força e da vontade destes jovens que precisamos para levar de vencida todas as dificuldades que irão aparecer no crescimento da nossa freguesia.
PARABENS!!!!!!!

As fotos são de uma beleza unica, estão mesmo de parabens todos aqueles que ultrapassaram estas dificuldades, gostaria que continuassem a mostrar ao povo estas belas paisagens que vocês visitam.

Continuem com o vosso trabalho

AC

Anónimo disse...

Esta equipa de caminheiros é fantástica, é única, continuem sempre assim e os novos que chegarem à Vossa equipa dêem-lhe todo o apoio para que não desistam, porque hoje em dia exemplos como os vossos são raros e são de louvar. Continuem com força e não desanimem, mesmo aqueles cuja idade já é um pouco superior, pois a idade não importa, importa é o espírito caminheirismo que têem. Força e nunca desistam.