Hoje tentar-se-á contar um pouco da história da nossa freguesia. Não havendo muita informação disponível, recorreu-se apenas a Enciclopédias.
Sendo asssim, trancrevemos agora as principais passagens da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira da "Editorial Enciclopédia, Limitada", de onde fala de Prazins Santa Eufémia:
Prazins Santa Eufémia:
Freguesia do concelho e comarca de Guimarães, distrito e diocese de Braga, relação do Porto.
Orago: Santa Eufémia.
Dista 6 Km da sede do concelho e está situada entre o rio Ave e rio Selho.
Tem serviço de correio, feito pelo posto de Caldas das taipas, e escola primária.
Foi uma abadia de apresentação da mitra. É provavelmente antiga, situada numa região tipicamente minhota. O abade de Miragaia, D. Pedro Augusto Ferreira, escreveu na sua Tentativa Etimológica-Toponímica: "... na minha opinião Placidinius, diminutivo de Plácido, deu Prazius" (vol. 2º, p316), mas outro passo da mesma obra diz que também pode derivar do antropónimo romano Placinius.
Esta freguesia era um simples lugar da freguesia de Prazins Santo Tirso. Ambas as freguesias (S. Eufémia e S. Tirso) foram até relativamente tarde, inícios do sec. XVII, uma única.
Independentemente das lições arqueológicas que o espólio local possa fornecer para a construção da pré-história e de boa parte da proto-história, a toponímica faz recuar esta, em nosso ver, aos tempos da romanização da Península. O principal topónimo, Prazins, revestiu-se depois do séc. XIII desta forma plural, porque ainda em 1258 se dizia Prazim (ou antes, para sermos coerentes com a forma da ocasião, Plazii). A passagem para o plural pode ter resultado da tendência para a separação de uma outra freguesia, à custa da primitiva Prazim, em virtude do acréscimo populacional, ou seja: proveniente da lenta formação e da consideração, entre os habitantes, de duas povoações ou, pelo menos, dois agregados populacionais nominados Prazim cada um deles (dois Prazins, em suma).
A mais antiga forma do topónimo Prazim que conhecemos remonta aos meados do sec. XI, Placidi; e, sendo um evidente genitivo (ou possessivo), inculta a existência, no tempo dos romanos, de uma Placidi "vila" (ou quinta), de um possessor de nome Placidus (nome pessoal tão caro aos grandes romanos). A série fonética deve, pois, ser: Placidi (forma de 1059) > Plazii (forma de 1258) > Plazim > Prazim.
Se, como tudo indica, este topónimo Prazim remonta à época romana, não há dúvida que o povoamento do território de Prazins de hoje nunca sofreu grandes quebras de continuidade, fosse grande ou diminuto o seu vulto e diga-se o que se disser sobre o repovoamento do norte de Portugal, especialmente do se. IX para o X. Facilitando o facto, por um lado, podendo prejudicá-lo por outro (dada a cobiça dos conquistadores sobre os grandes centros, expostos, assim, com mais imediações, a graves destruições e despovoamentos), é compreensível, neste ponto, a influência da próxima vizindade de um forte povoamento como a actual Guimarães, onde já em 873 o rei asturiano D. Afonso III assistia, não importa se por muito ou pouco tempo, para curar do povoamento desta região e de Braga.
Por fim, segundo a Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura da "editioral Verbo" a história é bastante diferente e mais curta:
Prazins Santa Eufémia:
Freguesia do concelho e comarca de Guimarães, distrito e arquidiocese de Braga, com 836 habitantes em 165 fogos (1970).
Orago -S. Eufémia
Sisituada entre os rios Ave e Selho, dista 9 Km da sede do concelho.
Sob o nome de Felici, aparece em documentos de 1059, com o de Fiiz nas Inquirições de 1220, nas de 1290 aparece como freguesia de Fys e, em 1341, com o nome de Riba de Ave.
Foi abadia de apresentação de mitra.
Finalizando, só nos resta questionar: Qual das enciclopédias terá razão?
sexta-feira, novembro 11, 2005
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